

Semear
A fase da juventude passa por momentos de muitas escolhas, seja na vida pessoal ou profissional. Levando em consideração que também é nesta fase onde muitos jovens estão em seu processo formativo educacional e, nos aspectos dessa aprendizagem, levanta-se o questionamento sobre o futuro neste período final da escola. Como será sua vida adulta a partir das escolhas feitas no presente?
Possibilitar a reflexão de futuro está relacionado com abrir espaços para semear, ou seja, dialogar sobre questões que fazem parte da transição escolar na qual o jovem se forma no ensino médio e é encaminhado para o mundo.
Neste sentido, quais são as sementes que eles e elas possuem para semear seus projetos de vida? Essa pergunta foi realizada para selecionar os conteúdos e atividades pedagógicas do Projeto Inspirar, assim entendendo que o acesso a cursinhos preparatórios, prova de vestibulares e primeiro emprego envolve etapas tanto processuais como de sensibilidade com cada individualidade desses jovens, que planejam, almejam
e sonham diversas realizações.
Com isso, nesta etapa do projeto, escolhemos propiciar vivências que sejam sementes potencializadoras ampliando o repertório das escolhas, trabalhando as seguintes aprendizagens: senso crítico nos debates
em grupo, leitura, escrita e oratória com poesias, publicações atuais e imagens.
Os temas geradores deste trabalho foram: mercado de trabalho com pesquisas e roda de conversas, vestibular público e privado com visitas a universidades, letramento racial a partir de exercícios de autodeclaração
e desenhos de autoimagem.
Por fim, utilizamos a cartografia social através da leitura do próprio território e da exibição de documentários.
“Agora, pode ter ficado a dúvida: por que trabalhar esses conteúdos em um projeto de educação ambiental? O Inspirar também tinha a intenção de incentivar o ingresso dos jovens participantes na Universidade, especialmente na disciplina de Biologia ou Pedagogia, a fim de que pudesse trazer o conhecimento científico para o território. E, assim, para além de agentes ambientais poderiam exercer ainda o papel de biólogos, professores ou permacultores da comunidade”.